População de Ourânia sofre com a falta de água e CEDAE diz que problema será resolvido esta semana

Lata d’água na cabeça, lá vai Maria….Joana,Daniele e mais centenas de pessoas, que há cerca de três semanas, sofrem com falta de água no distrito de Ourânia. Em pleno ano de 2014, a marchinha de carnaval se revela cada vez mais atual, pelo menos na localidade. De acordo com moradores, principalmente das ruas mais altas, essa rotina de idas e vindas com latas, baldes e utensílios, já faz parte da rotina dos últimos dias. É o caso da dona de casa Daniela Rosa da Costa Muniz, de 26 anos, residente na Rua João Tito da Gama.

– Todos os dias é essa mesma coisa. Saio de casa logo cedo para pegar água em uma mina. Se não for assim, não consigo nem para cozinhar. De manhã é uma fila de pessoas nessa nascente, que fica aqui na Praça São Sebastião. Ela tem sido nossa salvação. Mais não aguento mais. É muito cansativo, – disse em conversa com a reportagem da Rádio Natividade.

O mesmo drama vive a aposentada Lucimar Ferreira da Silva, 63 anos, que no momento da entrevista para essa matéria, empurrava um carinho de mão, lotado de garrafas pet.

– Só hoje, já carreguei mais de 200 litros para encher a minha caixa. Na minha rua, a Nestor Boechat, há quase um mês não cai uma gota. É um absurdo, pois aqui, pelo menos duas pessoas estão doentes, acamadas. Essa água é para tudo: lavar, cozinhar, limpar a casa. E com esse calor, está ficando muito difícil, – disse.

De acordo com a CEDAE – que em razão de a água não ter qualidade, não cobra por ela no distrito – um defeito em uma das bombas, fez com que a capacidade fosse reduzida a cerca de apenas 30%, prejudicando principalmente, os locais mais altos.

– A bomba apresentou defeito. Já estamos providenciando o conserto. O problema é que este tipo de equipamento é feito sob medida, ou seja, o fabricante tem de confeccionar a peça, de acordo com as especificações do poço, altura, vazão, dentre outros. Tudo isso faz com a manutenção demore. O pedido já foi feito e ainda esta semana, estamos seguindo para o Rio de Janeiro para buscar o material e sanar o desabastecimento, – revelou um funcionário da estatal, que pediu para não ter o nome citado.

Da redação da Rádio Natividade – www.natividadefm.com.br – Fotos: Vanderson Garcia/Rádio Natividade

Moradores enchem latões para abastecer as casas
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Daniela com o filho carregando água de uma mina
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Carinhos de mão e garrafas pet são utilizadas
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Aposentada Lucimar Ferreira disse carregar mais de 200 litros por dia
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Mesmo barrenta a água é usada para tudo nas residências
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População recorre a uma nascente na Praça São Sebastião
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