Golpe: Quase uma tonelada de melado comercializado como mel e vendido na região é apreendido em Guaçuí

Uma operação realizada em Guaçuí (ES), no bairro Parque Industrial, apreendeu 528 litros de melado – pesando em média um quilo cada um – já prontos para venda ao consumidor como se fosse mel, aproximadamente 300 litros do mesmo produto em baldes para serem engarrafados, quatro fardos de açúcar, duas panelas com melado ainda em fase de produção, dois fogões improvisados e cerca de 4.400 garrafas de plástico utilizadas para envasar o produto. O material apreendido foi encaminhado para o descarte adequado.

A operação que desativou a fábrica clandestina contou com três policiais militares, dois funcionários da Vigilância Sanitária Municipal (Secretaria de Saúde) e dois da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A fiscalização ocorreu após a Vigilância Sanitária Municipal receber denúncia anônima a respeito da produção clandestina de melado no local. De acordo com o coordenador da operação e agente fiscal da Vigilância, todo o material apreendido apresentava péssimas condições de higiene. “Encontramos vários ratos e excrementos destes roedores na casa onde funcionava fábrica. Havia também patos com livre acesso ao espaço de produção, além de muitos insetos no local”, destaca Carlos Antônio Figueiredo.

“A fabricação de produtos, especialmente alimentícios, em desacordo com a legislação sanitária é crime contra a saúde pública, prevista no código penal brasileiro, pois pode causar seríssimos danos à saúde da população. Além disso, é estelionato, pois quem se envolve neste tipo de situação está enganando o consumidor”, enfatiza Carlos Antônio.

No momento da abordagem, duas mulheres produziam melado no local. Elas apontaram uma terceira pessoa, um homem que não estava na casa, como o dono da fábrica. As mulheres e o proprietário da fábrica foram envolvidos no boletim de ocorrência da Polícia Militar.

Segundo a PM, o boletim foi encaminhado para a Polícia Civil, que tomará as providências necessárias. “Temos informações de que este produto clandestino geralmente é vendido, e sem rótulo, no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia”, comenta o policial militar que participou da operação, João Batista Ferreira. Em Natividade, além outras cidades da região é comum se deparar com vendedores ambulantes, oferecendo tais produtos, por preço, geralmente abaixo do mercado.

Da redação da Rádio Natividade com Ascom/Prefeitura de Guaçuí

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