Noroeste Fluminense sofre queda de atividade econômica

A Sondagem Econômica Regional, divulgada pelo Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), mostra que as indústrias da região Noroeste Fluminense apresentaram redução da atividade econômica no quarto trimestre de 2014. A pesquisa varia de zero a cem pontos para cada indicador analisado. Os valores abaixo de 50 indicam piora ou redução; e acima de 50 representam melhora ou aumento.

O indicador “Volume de Produção” apresentou recuo em relação ao terceiro trimestre, fechando em 42,9 pontos, acompanhado pela queda do “Volume de Empregos”, com 47,7 pontos. No trimestre anterior, ambos os indicadores haviam crescido e superado suas médias históricas – 46,5 e 48,9, respectivamente. Com isso, houve forte retração nos “Estoques”, que encerrou o período com 34,9 pontos, abaixo do planejado (33,5).

Na opinião dos empresários, as condições financeiras da indústria na região continuam insatisfatórias, com intenso recuo nos indicadores “Situação Financeira” e “Margem de Lucro”, que registraram valores abaixo de suas médias históricas. O “Acesso ao Crédito” se mostrou ainda mais escasso que no trimestre anterior, refletindo o aumento das taxas de juros e a redução da oferta de crédito.

Mesmo com as condições financeiras adversas, os industriais do Noroeste Fluminense mantêm boas expectativas para o primeiro semestre de 2015. É esperada expansão nos indicadores “Demanda por Produtos” e “Número de Empregados”, bem como aumento na “Compra de Matéria-prima”.

Participaram da Sondagem Econômica empresas dos 13 municípios atendidos pela Representação Regional FIRJAN/CIRJ Noroeste Fluminense: Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Italva, Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, São José de Ubá, Varre-Sai.

Geração de empregos no Noroeste

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, a região Noroeste Fluminense gerou, em 2014, 784 novos empregos com carteira assinada. O resultado é significativamente inferior ao de 2013 (2.705) e reflete, principalmente, a desaceleração das contratações da Construção Civil. O setor terminou o ano com saldo negativo (-57), sendo que a redução das contratações ficou concentrada em Itaperuna, que registrou 48 demissões. Este foi o primeiro ano que o município registra saldo negativo no setor desde 2006.

A indústria da região fechou o ano com 74 novas contratações, menor saldo desde 2006. Em 2013, o setor industrial havia gerado 601 novas vagas de empregos no Noroeste Fluminense. O município de Cambuci registrou 61 demissões no setor. Por outro lado, a produção de minerais não metálicos em Itaperuna (+145) e o setor metalúrgico em Santo Antônio de Pádua (+102) exerceram as principais influências positivas.

O setor de Serviços foi o maior gerador de empregos na região em 2014 (+407 postos de trabalho), embora tenha registrado queda significativa na comparação com o ano anterior, quando foram contratados 1.315 novos trabalhadores. Itaperuna e Itaocara foram as cidades que mais contrataram no setor em 2014.

O Comércio também teve saldo positivo. Foram 383 novos empregos em 2014. O município de Miracema registrou o maior número de contratações, sobretudo no Comércio Varejista, que encerrou o ano com 139 novos postos de trabalho. Em contrapartida, o Comércio Atacadista de Itaperuna exerceu a maior influência negativa (-52), tendo apresentado o pior saldo desde 2006.