Noroeste Fluminense sofre redução de sua atividade produtiva

As indústrias da região Noroeste Fluminense registraram queda da atividade produtiva no segundo trimestre do ano, revela a Sondagem Industrial do Rio de Janeiro, divulgada nesta segunda-feira, dia 27, pelo Sistema FIRJAN. Segundo a pesquisa, os indicadores “Volume de Produção” e “Número de Empregados”, que atingiram 36,3 e 36,9 pontos, respectivamente, recuaram pela terceira vez consecutiva frente ao trimestre anterior.

A Sondagem varia de zero a cem pontos. Os valores abaixo de 50 indicam piora ou redução; e acima de 50 representam melhora ou aumento. No período, também apresentaram retração os indicadores “Nível de Estoques”, que caiu para 37,5, e “Estoques Efetivo-Planejado”, que fechou o trimestre com 38,9 pontos.

A indústria regional operou com 50% da capacidade instalada no segundo trimestre deste ano. Isso representa uma queda de 13,5 pontos percentuais em relação à média dos mesmos períodos em anos anteriores.

Os empresários ouvidos pela pesquisa continuam insatisfeitos com as condições financeiras. No entanto, para os próximos seis meses as expectativas são positivas: o indicador “Demanda por Produtos Industriais” alcançou 52,5 pontos, enquanto “Exportações” alavancou para 75. Os industriais ainda voltaram a ficar otimistas quanto a novas contratações, já que as perspectivas para “Número de Empregados” nos meses seguintes atingiram 50,7 pontos. O indicador “Matéria-prima” também voltou a ficar acima da linha divisória de 50 pontos (51,4 pontos).

Mercado de trabalho: maioria dos setores registrou queda de empregos no primeiro semestre

A região Noroeste Fluminense reduziu 340 postos de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre de 2015, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. De acordo com o Boletim de Mercado de Trabalho do Sistema FIRJAN, em todos os grandes setores o número de demissões supera o de admissões, exceto no de Serviços (+336). O Comércio foi o principal setor responsável pelo recuo de empregos na região (-297), devido, principalmente, às demissões do Comércio varejista em Itaperuna (-217).

No setor de Serviços, Itaperuna foi o município que mais contratou (+162), sobretudo Serviços médicos, odontológicos e veterinários (+71) e Serviços de alojamento, alimentação, reparação e manutenção (+63). Em seguida, aparece Itaocara (+101), influenciado principalmente pela geração de postos em Serviços de administração pública (+41). Na ponta oposta, o município que teve maior queda de empregos no segmento foi Bom Jesus do Itabapoana (-33).

A Indústria do Noroeste Fluminense apresentou retração de 181 vagas no período. O município de Itaperuna foi o que mais contribuiu para esse resultado, com o fechamento de 143 postos de trabalho. Neste mesmo período, os municípios de Cambuci (+34) e Porciúncula (+26) registraram mais contratações no setor.

Também ficou concentrado em Itaperuna o recuo do emprego no setor de Construção Civil na região (-169). O município teve queda de 146 postos de trabalho no primeiro semestre de 2015. Por outro lado, Miracema (+19), Porciúncula (+9), Laje do Muriaé (+2) e Cambuci (+1) foram os únicos que criaram vagas no período.