Milhares de pessoas passaram por Rosal, distrito de Bom Jesus do Itabapoana, na quarta edição do Festival de Chorinho e Sanfona, que aconteceu sexta-feira e sábado, dias 5 e 6. Este ano, o evento foi realizado pelo Sistema FIRJAN, como projeto que integrou o Circuito SESI Cultural, em parceria da Secretaria de Indústria, Comércio, Turismo e Cultura do município, idealizadora do evento.
Preservar e difundir as raízes musicais do chorinho e da sanfona, bem como promover resultados econômicos positivos, através da geração de emprego e renda e fortalecimento do artesanato e da culinária local, estiveram entre os objetivos principais do evento. Para Olga Acosta, administradora do Teatro SESI Itaperuna, as expectativas foram superadas. “O ambiente harmônico e alegre, proporcionado tanto pela comunidade quanto pelos visitantes, favoreceu muito para o sucesso dessa edição”, disse.
A programação dos dois dias foi gratuita e contou com nomes nacionalmente conhecidos do chorinho e da sanfona, além de músicos locais e regionais. Os shows foram realizados no palco principal e no coreto, ambos na praça do distrito. Paralelo aos shows, houve exposição de artesanato e praça de alimentação.
Apresentações
Após a abertura oficial do evento, o flautista Dudu Oliveira subiu ao palco. Um dos mais virtuosos instrumentistas do gênero chorinho, Dudu já se apresentou ao lado de grandes nomes da música brasileira. Já no coreto, o grupo Abadart apresentou o projeto “Abadart In Choro”, com repertório totalmente dedicado ao chorinho, grande paixão e vocação dos 20 integrantes. Para fechar a noite em grande em estilo, no palco principal, se apresentou o músico Silvério Pontes. Natural de Laje do Muriaé, o trompetista já subiu ao palco com vários artistas nacionalmente conhecidos, entre eles Tim Maia, na banda Vitória Régia, na qual tocou por durante 12 anos.
No sábado, a programação teve início logo no início da tarde. Os sanfoneiros bonjesuenses Vinicius Fragoso, Rubinho do Acordeon, Beto Travassos, Eliseu D. Vale e Bino Leão da Sanfona realizaram uma sanfonada pelas ruas e praça do distrito de Rosal. Horas depois, eles se apresentaram no show “Tem Sanfona no Coreto”. No mesmo dia, se apresentaram no coreto o grupo capixaba Três Elementos do Choro e É Choro Uai, de Santos Dumont, em Minas Gerais.
No palco principal, à tarde, o grupo miracemense Academia do Choro tocou clássicos do Clube da Esquina, movimento mineiro que teve participação de grandes nomes da música brasileira, como Lô Borges e Milton Nascimento. À noite, foi a vez do músico Marcelo Caldi. No show “Tem Sanfona no Choro”, ele mostrou ao público a influência da sanfona nordestina no gênero tipicamente carioca, realçando os inusitados caminhos do instrumento de fole no Brasil. Quem encerrou a programação foi o gaúcho Renato Borghetti, um dos artistas brasileiros de mais sólida carreira no exterior. Este ano, ele comemora 30 anos de carreira.
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