A Corregedoria do Tribunal de Justiça do Rio está avaliando a possibilidade de afastamento de um juiz acusado de assédio moral e sexual contra servidores e estagiárias. Glicério de Angiolis Silva atua em Miracema. Segundo as vítimas, o magistrado costumava fazer comentários sobre as roupas íntimas das subordinadas. Houve também convites para sair com as colegas de trabalho feitos pelo aplicativo de celular WhatsApp.
Na semana passada, a corregedora-geral do Tribunal de Justica do Rio, Maria Augusta Vaz, determinou a abertura de sindicância para apurar as denúncias. Para o diretor-geral do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Rio de Janeiro, Alzimar Andrade Silva, o afastamento preventivo é fundamental, pois o juiz estaria coagindo as vítimas. O processo de investigação corre sob sigilo.
– Como o caso é muito grave e são comarcas pequenas em que o juiz tem um grande poder e proximidade com as vítimas, isso acarreta uma pressão muito grande sobre os denunciantes. Tivemos a informação de que ele tem procurado as estagiárias que são vítimas e alguns servidores e proposto que eles mudem o depoimento. Isso é muito preocupante, destaca.
Alzimar Andrade acrescenta ainda, que as denúncias são de diferentes formas de desrespeito.
– Jogar processo no chão, deixar servidores sem almoço ou até tarde da noite, ficar mudando todos os dias a localização de processos, mudar a rotina de trabalho sem comunicar a ninguém, remover servidor toda hora de sala ou de setor, prejudicando o andamento cartorário. Ele tem vários comportamentos no dia a dia que não condizem com quem quer de fato que os processos andem, – finaliza.
Da redação da Rádio Natividade com informações da CBN/Rio de Janeiro