Na Venezuela, o empregador é proibido de demitir quem ganha menos de um salário mínimo e meio. Sabe o que acontece? Os funcionários não querem mais ser promovidos. Preferem ficar estagnados e “protegidos” em troca de garantir sua subsistência.
No México, as leis trabalhistas são parecidas com as do Brasil e o custo médio de uma demissão pode chegar a 74 semanas de trabalho. Super alto.
Já nos EUA, o empregado não tem férias de 30 dias, 13º, FGTS e nenhuma desses direitos e garantias trabalhistas que protegem o trabalhador.
Pergunta:
Se essas garantias são tão importantes, quantos americanos atravessam quilômetros no deserto, correndo riscos de vida, em direção ao México para viverem lá ilegalmente em troca de conquistarem esses tais direitos trabalhistas?
É exatamente ao contrário. Todos os anos MULTIDÕES desses países cheios de garantias batem nas portas desses países sem garantias e direitos trabalhistas, pedindo, por favor, para entrarem.
Como pode isso?
Algo não está batendo… Será que realmente nos contaram a história verdadeira sobre este assunto durante toda nossa vida?
Vamos analisar alguns desses supostos direitos trabalhistas que temos no Brasil e que servem para nos proteger.
- FGTS – É um direito que você tem, não é? Direito? Não acredite nessa baboseira. FGTS não é um direito seu. É um dinheiro que sempre foi seu, mas que na realidade o governo CONFISCA, guarda com ele para financiar, a suas custas, o que ele quiser e te paga em troca apenas 3% de rentabilidade ao ano, quando a inflação neste ano, por exemplo, é de mais de 8%. Ou seja, você perde dinheiro e ainda confia num governo que pode da noite para o dia acabar com a sua poupança confiscada por envolvimento em operações suspeitas, como aconteceu com os fundos de pensão dos Correios.
- 13º salário – Puxa que legal, um baita direito que você tem… Direito? O empresário sabe o quanto pode gastar com cada empregado por ano. Logo, o 13º não é um pagamento adicional como muitos se iludem, mas sim, em vez do empregador dividir o que quer gastar com você em 12 meses e te pagar mês a mês, ele divide em 13 meses e você em vez de receber o dinheiro que já é seu todos os meses, você tem que esperar por 12 meses para receber a 13ª parcela que ficou retida até o final do ano e ainda fica feliz com este seu suposto “direito” e benefício.
- INSS – Você tem uma grana descontada todos os meses de seu salário. Mas isso é bom, porque você terá direito a aposentadoria depois de 40 anos trabalhando. Parabéns, que legal, que baita direito… Não há futuro no INSS. Está quebrando. Simples assim. Além do mais, melhor seria se você recebesse este dinheiro e fizesse você mesmo as suas aplicações financeiras para garantir o seu futuro em vez de ficar dependendo deste sistema falido. INSS é uma espécie de pirâmide financeira legalizada que um dia vai desmoronar como toda pirâmide financeira.
A CLT é um atraso para o país, alimenta a burocracia estatal e sustenta sindicatos que recebem dinheiro fácil. Assim eles conseguem negociar a sua suposta influência sobre uma determinada classe como capital político e ter vantagens em troca. Este é um sistema improdutivo e que fomenta uma mentalidade medíocre na população e alimenta uma horda de burocratas e parasitas.
Não estou falando como administrador de empresas que sou. Falo como alguém que pensa e está lhe convidando a pensar também, livrando-se dessa lavagem cerebral proletária feita por décadas em toda população que se acostumou a seguir os vaqueiros como gado em direção ao nada.
Vou apresentar alguns cálculos – que não são exatos porque não estou com tempo de pesquisar e dar as casas decimais com exatidão – mas como já trabalho com consultorias em empresas por mais de 08 anos, posso lhe garantir que esses números são bem próximos da realidade.
Numa empresa LTDA ou SA, considerando todos os custos envolvidos, um funcionário custa quase o dobro do seu salário registrado na Carteira de Trabalho. Por exemplo, vamos usar números redondos para facilitar o cálculo: se um funcionário ganha um salário de 10.000 reais, ele vai custar aproximadamente 20.000 reais para empresa, depois de ser acrescido a este custo, FGTS, 13ª, 1/3 férias, multa contratual, DSR, INSS, vale transporte, refeição etc…
No entanto, este funcionário tem descontos na folha. Descontos altos, como o seu IRRF que neste valor é de 27.5%, INSS, contribuições sindicais etc… No total, o salário líquido deste funcionário que tem 10 mil reais de salário e que custa para empresa 20 mil, será de cerca de 6 mil reais líquidos.
Será que para por aí? Não. Com esses 6 mil reais líquidos nas mãos, o empregado agora precisará consumir. Para consumir, ele também pagará em TUDO que comprar, impostos embutidos nos produtos. Ou seja, no feijão, arroz, eletricidade, gasolina, etc, tudo terá uma média de 50% de impostos embutidos.
Isso significa que dos 6 mil reais, 3 mil serão para impostos. O que de fato representa o seu poder de compra líquido, no final, será o valor de 3 mil reais, sendo que o seu salário é de 10 mil e a empresa gastou com ele 20 mil reais. Em outras palavras, 3 mil reais representa apenas 15% e os 20 mil reais gastos com este empregado representa 85% que vai direto para o governo.
O governo e os sindicatos mamam nas tetas do empregado. Eu digo empregado porque se nada disso existisse os empregados poderiam ganhar MUITO mais. Sim, a CLT dá muitas garantias aos empregados. Ela garante uma vida sacrificada a todos eles e ainda faz, não sei até quando, com que eles fiquem muito agradecidos por serem “protegidos” por ela.
Para uma empresa, pagar bem representa uma maior motivação e produtividade para os seus resultados. Na realidade, a empresa paga bastante, mas o governo tasca sem dó e nem piedade e ainda ficam com aquele papinho de empresário opressor, quando na realidade, tanto o empregado como o empresário são achacados pelo governo. Qualquer empresário preferiria pagar mais ao empregado a pagar tantos impostos para o sistema.
Nos EUA não tem nada disso? NADA.
O salário mínimo na Flórida, por exemplo, é de cerca de 25 reais por hora. Sim, é por hora, pois é muito mais flexível e algumas pessoas não trabalham todos os dias ou não são obrigadas a terem expedientes cheios, como funciona no formatinho CLTista. Mas considerando alguém que trabalhe 44 horas semanais na Flórida, seja no Mc Donalds, como pedreiro ou lixeiro, ele receberá no mínimo o salário de 4500 reais. Isso sem contar que, pelo fato dos custos trabalhistas serem menores, os produtos também ficam bem mais baratos.
Em Orlando, por exemplo, quem trabalha com construção ganha cerca de 9000 reais. Com isso, ele pode ter carro novo, casa, seus filhos podem estudar numa escola pública de EXCELENTE qualidade, tem segurança, o seguro do carro é barato porque a criminalidade é baixa na cidade, as estradas são de excelente qualidade etc… Só pra você ter uma ideia, um carro nos EUA custa quase 3 vezes menos que no Brasil, a gasolina custa a metade e um imóvel também custa cerca da metade em relação ao nosso país verde e amarelo dos direitos trabalhistas.
Mas o coitadinho é explorado. Ele não tem direitos trabalhistas, não ganha vale transporte, não tem FGTS, não tem um sindicato pra se defender e tampouco outras migalhas da CLT. Ele e nem sua família precisam disso. Apesar dele receber um salário aparentemente alto para os padrões brasileiros, isso só é possível porque o governo não obrigada a pagar uma tonelada de impostos e encargos trabalhistas para os seus cofres. Resultado? Empregado ganhando mais e o custo dos produtos mais barato.
Senhores, com todo o respeito, essa mentalidade que aliena a população, tratando-a como incapaz de gerir o seu próprio dinheiro e como gente vulnerável e sem protagonismo alimenta a mamata dos sindicatos e sustenta um monte de burocratas que dependem desse sistema. Tudo isso, abastece a máquina estatal com dinheiro sem limites que é alvo de corrupção ou gastos irresponsáveis entre os políticos e funcionários dessas oligarquias.
As migalhas da CLT que subestima a capacidade da população, escraviza os empregados e explora os empreendedores que tem que conviver com os riscos dos negócios e com a mesada que tem que pagar para governos e sindicatos todos os anos. São milhões pagos para eles em troca de que?
O empregado que tem 85% em impostos de seu salário, com os 15% que sobraram ainda tem que pagar escola privada para o seu filho, porque na escola pública, vendem-se drogas no banheiro. Além disso, ainda tem que contratar um plano de saúde para não apodrecer na fila do SUS.
E sobre terceirização?
É um analgésico para este problema narrado acima. Se quisermos resolver mesmo este câncer, deveria ser feito uma reforma completa na CLT que deveria flexibilizar as relações de trabalho, o que incentivaria as pessoas a empreenderem mais e ainda aumentaria muito o ganho dos trabalhadores.
Ou seja, a terceirização pode ajudar a mudar um pouco essa realidade, mas não passa de um analgésico. Pra resolver mesmo seria se a CLT acabasse de uma vez por todas. Nesta hipótese, empresários e empregados ganhariam, enquanto políticos e sindicatos perderiam poder e dinheiro.
Obs: Como já disse, todos os cálculos foram feitos com aproximações, pois levaria muito tempo pesquisando os complexos percentuais e bases de cálculos criados pela jurássica CLT.
Leandro B. Levone (*)
Leandro Bazeth Levone, 33 anos, é Administrador de Empresas, Professor Universitário na UNIG – Universidade Iguaçu, Coordenador do MBA em Gestão Pública da CIMPRO/UNIG, Palestrante, Consultor Sênior da CIMPRO Inovadora e Educação, Consultor de Negócios e Consultor Governamental, com Mestrado em Economia Empresarial pela UCAM, é Mestrando em Gestão Regional e Planejamento de Cidades pela UCAM, Pós-graduado em Gestão e Desenvolvimento Empresarial pela UFRJ, especialista – pós-graduado em Direito Público pelo IDP – Instituto Brasiliense de Direito Público, pós-graduado – MBA Executivo Internacional em Gestão de Projetos na Fundação Getúlio Vargas e cursa uma pós-graduação em Teologia Internacional. Foi Secretário Municipal de Administração do Município de Natividade de dezembro de 2006 a julho de 2010, ano em que se tornou Secretário Municipal de Administração, Fazenda e Planejamento em Natividade e foi Professor convidado nos cursos de Pós-graduação Lato Sensu – MBA da FACC-UFRJ (Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio de Janeiro) por 02 (dois) anos.