A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse nesta segunda-feira (9) que o Rio de Janeiro não enfrenta condições críticas de falta de água. Mas ela anunciou que a vazão do Rio Paraíba do Sul, que chega à elevatória de Santa Cecília, em Barra do Piraí, terá de ser reduzida de 140 metros cúbicos por segundos para 110 metros cúbicos por segundo. A afirmação foi feita após um encontro com o governador Luiz Fernando Pezão e o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio.
“Para abastecer o Rio, a Cedae precisa alocar 50 metrps cúbicos de água por segundo no total. Estamos despachando 140 metros cúbicos por segundo caindo para 110. A discussão não é que está faltando água no Rio. O Rio tem água mas tem que administrar essa água com racionalidade porque estamos usando o volume morto da energia elétrica”, disse a ministra.
Segundo Izabela, o Rio não tem a condição crítica que tem hoje São Paulo ou o Espírito Santo.
“O Rio está trabalhando com reservas de água do Paraíba do Sul, do reservatório de Paraibuna, e nós estamos assegurando, em função das regras de operação do Sistema Guandu, que essa água dure. Precisamos não só assegurar isto do ponto de vista da oferta de água bruta, mas também do comportamento de cada cidadão de poupar água”, afirmou Teixeira.
André Corrêa, secretário do Ambiente do estado, disse que a orientação do governador Luiz Fernando Pezão é de “priorizar o abastecimento humano”.
A crise, segundo ele, pode servir para estimular o reuso de água e a mudança estrutural de indústrias localizadas próximas ao fim do sistema Guandu. Atualmente, o sistema “expulsa” a água do mar utilizando jatos de água doce que são desperdiçados.
Uma das propostas de curto prazo seria a construção de uma adutora de 14 quilômetros, bancada pelo setor industrial, para que estas empresas fossem abastecidas de uma maneira mais econômica .