Dois casos de raiva e um caso de mormo foram confirmados em amimais de duas propriedades rural no interior de Guaçuí(ES). Os próprios donos procuram o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) para relatarem os casos. A Secretaria de Saúde do município está com uma equipe levantando o nome de todas as pessoas que tiveram contatos com os animais.
Os morcegos hematófagos são os transmissores da raiva para os animais
Segundo informações do Idaf, o caso de raiva foi constatado apenas em uma propriedade, na localidade de São João da Serra, com dois animais infectados – um garrote de um ano e uma bezerra de oitos meses. O médico veterinário e fiscal estadual agropecuário, Carlos Nogueiras, foi até a propriedade, coletou e enviou o material para análise, que confirmou a doença.
No dia seguinte,Nogueiras retornou a localidade, pois outro animal do mesmo produtor estava apresentado sintomas de raiva. Além disso, solicitou uma equipe do Idaf para fazer o controle da população de morcegos hematófagos – animais transmissores da doença. “Os animais que estão em um raio de 12 quilômetros da propriedade correm o risco de contaminação, pois a raiva é endêmica e geralmente está presente nos ambientes que têm muitos morcegos”, explicou.
Caso de mormo
O mormo, outra doença que causa a morte e não tem cura foi constatada em uma segunda propriedade de Guaçuí. De acordo Carlos, somente equinos, como cavalos e burros manifestam a doença, mas ela pode ser transmitida para os seres humanos. A propriedade onde o animal está não pode ser divulgada, mas todo o local foi interditado e o animal isolado.
A doença só foi constatada após exames que foram realizados pela Associação dos Agropecuaristas de dois estados diferentes do país junto com análises feitas por médicos veterinários do estado. A principal característica da doença é a apresentação de secreções nasais, e até o ano passado o Espírito Santo não tinha registrado a doença.
Vigilância Epidemiológica
O secretário de Saúde de Guaçuí, William Pires Nunes, informou que uma equipe da vigilância epidemiológica já está na propriedade fazendo o levantamentos de todas as pessoas que tiveram contato com a doença. “Em um raio de 100 metros, todo que tiveram algum contato receberão atendimento e acompanhamento médico”, explicou William.
Com informações da Gazeta Sul.