Cinco municípios do Noroeste Fluminense permanecem em alerta máximo devido ao nível dos rios Muriaé, Carangola e Itabapoana. Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que monitora os rios do estado, o alerta máximo é o mais grave de uma escala de quatro níveis e significa que a chuva continua e os rios atingem 80% de transbordamento.
Em Itaperuna, o rio Muriaé também está baixando. De acordo com o secretário de Defesa Civil, Fabrício Boa Morte, ainda há risco de deslizamento no município e o estado de alerta máximo permanece. “As encostas estão encharcadas e uma chuva mais forte pode provocar a derrubada de terra”, explicou.O alerta vale para os municípios de Laje do Muriaé, Itaperuna, Italva, Cardoso Moreira, Porciúncula e Bom Jesus do Itabapoana. Em Laje, o secretário de Defesa Civil, José Roberto Alves, informou que a situação já está bastante tranquila. “Neste sábado o sol já apareceu e as famílias que estavam em casa de familiares, aos poucos começam a retornar para suas casas”, contou.
Em Italva, o rio Muriaé já está abaixo da cota de transbordamento. O secretário de Defesa Civil, Carlos Carola, informou que alguns pontos da cidade ainda estão com pequenos alagamentos, mas que não chove no município, fator primordial para que a rotina volte ao normal. “Não choveu de madrugada e esse é um ponto importante. Apesar da previsão de chuva, a gente espera que ela nos dê uma trégua. Estamos preocupados com escorregamentos de terra. Cerca de cinco famílias estão em casa de parentes”, disse.
No município de Cardoso Moreira, o agente da Defesa Civil, Fabrício Souza, informou que em 24 horas o rio Muriaé baixou cerca de um metro. “O momento é mais tranquilo, mas os valões de Quimbira, Bananal e Pão de ló ainda preocupam, porque cortam três grandes comunidades e são muito vulneráveis às pancadas de chuva. A gente espera que o clima melhore e que não volte a chover”, pontuou.
Em Porciúncula, o rio Carangola está baixando desde a última sexta-feira (13). Cinquenta pessoas estão abrigadas no Colégio Estadual José Lannes Dantas Brandão. O secretário, Gláucio Mansur, informou que as equipes estão avaliando as casas em situação de risco e contabilizando os prejuízos. “Os bairros estão sendo limpos e a gente pede que as famílias não retornem para as casas comprometidas. O ideal é que elas aguardem o laudo técnico que iremos liberar nos próximos dias”, explicou.
Bom Jesus do Itabapoana recebeu a visita de uma comissão do Governo do Estado, para avaliar os prejuízos causados pela chuva. De acordo com o secretário de Defesa Civil do município, Alexandre Alcântara, 15 famílias estão desabrigadas, vivendo temporariamente na Escola Municipal Anacleto José Borges, no centro da cidade e na Escola Estadual Alcinda Lopes Pereira Pinto, no distrito Usina Santa Isabel. Oito famílias estão desalojadas, abrigadas nas casas de parentes e amigos. A Defesa Civil informou que 18 pontos da cidade apresentam risco de desabamentos e estão sendo monitorados.
Apesar de Varre-Sai não estar no alerta do Inea, há grande preocupação da Defesa Civil do município. Um escorregamento de terra destruiu uma casa da cidade. Apesar do susto, ninguém se feriu. O secretário, Márcio Vieira, informou que a preocupação continua sendo com os bairros Nossa Senhora Aparecida e Santo Antônio, os mais castigados com a chuva. “O rio Itabapoana não nos preocupa, porque ele corta a zona rural do município e não temos registro de alagamentos por lá”, disse.
Da redação da Rádio Natividade com informações do G1