A exportação simplificada, que não exige determinados trâmites burocráticos, pode ser um meio facilitador para que micro e pequenas empresas avistem boas oportunidades no mercado internacional e comecem a enviar seus produtos para diversos países. Para tirar dúvidas de empresários do setor de confecções sobre esta modalidade de exportação, um workshop gratuito foi promovido em Itaperuna, pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) do Sistema FIRJAN.
Realizado em parceria com o Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas do Noroeste do Estado do Rio de Janeiro (Sincronerj) e os Correios, o evento aconteceu no auditório da Representação Regional FIRJAN/CIRJ Noroeste Fluminense.
O ponto de partida das atividades foi dado pela analista de Comércio Exterior do Sistema FIRJAN, Julia Rangel Pestana, que explicou a atuação da Federação nos negócios internacionais e de que maneira o CIN oferece suporte ao empresário nesta área. Julia destacou ainda que o comércio exterior pode ser um importante aliado para garantir o desenvolvimento da indústria, sobretudo em um cenário de crise econômica e alta do dólar. “Ao fidelizar clientes internacionais é possível que o empresário retome o crescimento de seu negócio e o mantenha competitivo, ficando menos vulnerável às variações do mercado interno”, analisou.
Os empresários também puderam saber mais sobre o Exporta Fácil, serviço dos Correios que oferece ainda mais facilidades para simplificar o processo de envio de produtos para outros países, desde que o valor não ultrapasse US$ 50 mil por remessa. Consultora de Comércio Exterior da entidade, Cecília de Souza Gomes explicou as vantagens deste serviço, como a facilitação da logística, seguridade do processo e eliminação de custo de frete nacional, já que os Correios ficam responsáveis pela saída da mercadoria até o local de escoamento.
Localizada em Raposo, distrito de Itaperuna, a Sianinhas Atelier é um dos principais exemplos de empresas do Noroeste Fluminense que garantiram espaço cativo no mercado internacional. “Na primeira participação da Sianinhas no Salão Bossa Nova do Fashion Rio tive contato com clientes de outros países, mas como a empresa havia sido criada há pouco tempo encontrei muitas dificuldades no processo de exportação, com a documentação que era solicitada, entre outros. Então busquei o auxílio da FIRJAN, que ofereceu orientação necessária para facilitar o processo”, disse a proprietária Bianca Lôbo, que apresentou seu depoimento aos empresários durante o workshop.
A empresa, que produz bolsas e acessórios femininos de maneira artesanal, aliando ao conceito de sustentabilidade, exporta para Dubai e Nova Zelândia. Segundo Bianca Lôbo, as vendas para o exterior atualmente representam 60% de sua receita. Aos empresários que têm interesse no comércio exterior, ela deu uma dica: explorar a criatividade. “Os produtos brasileiros têm muito valor lá fora, por isso é importante mostrar a nossa capacidade criativa para o mundo”, acrescentou.
As informações compartilhadas durante o evento chamaram a atenção de Eliana Vieira, proprietária da Alê Moda Feminina: “Acreditava que o processo de exportação era muito mais complexo, mas pude ver como é possível simplificá-lo”. A empresária diz que atualmente está reestruturando seu modelo de produção, com foco na elaboração de peças exclusivas, e espera começar a buscar o mercado internacional ainda este ano. “Todo esse conhecimento adquirido me deixou ainda mais interessada”, disse ela.