A quarta edição do Festival de Chorinho e Sanfona de Rosal, distrito de Bom Jesus do Itabapoana, acontece a partir desta sexta-feira, dia 5. A abertura oficial está prevista para 19h30, com apresentação da Fanfarra Rogério Figueiredo.
Neste ano, a realização do festival é do Sistema FIRJAN, sendo projeto que integra o Circuito SESI Cultural, em parceria com a Secretaria de Indústria, Comércio, Turismo e Cultura do município, idealizadora do evento. Para Olga Acosta, administradora do Teatro SESI Itaperuna, a expectativa é impulsionar o potencial de criatividade e transformação do festival, preservando e difundindo as raízes musicais do chorinho e da sanfona junto às novas gerações.
O evento, que segue até sábado, dia 6, recebe nomes nacionalmente conhecidos dos gêneros (Dudu Oliveira, Zé da Velha e Silvério Pontes, Marcelo Caldi e Renato Borghetti), além de músicos locais e regionais. As apresentações serão realizadas no palco principal e no coreto, ambos na praça do distrito. Paralelo aos shows, haverá exposição de artesanato e praça de alimentação com culinária típica local.
Saiba mais sobre as atrações, datas e locais das apresentações:
Dudu Oliveira
(05/09 – 20h30 – Palco Principal)
Filho de Dudu do Cavaco, o flautista especializou-se, a princípio, no samba, na MPB, na bossa nova e na seresta. Porém, os apelos sonoros de sua infância, época em que era embalado pelo mavioso som do cavaquinho paterno, falaram mais alto: o chorinho o capturou. A partir disso, Dudu Oliveira tornou-se um dos mais virtuosos instrumentistas do gênero, apresentando-se ao lado de grandes nomes da música brasileira.
Abadart “In Choro”
(05/09 – 21h30 – Coreto)
Tradicional na região, o grupo Abadart criou o projeto Abadart “In Choro”, com repertório totalmente dedicado ao chorinho, grande paixão e vocação dos 20 integrantes. Com profunda identificação com a comunidade de Bom Jesus do Itabapoana, o Abadart “In Choro” surge como legítimo representante do resgate e fortalecimento da cultura deste gênero em Rosal.
Zé da Velha e Silvério Pontes (foto abaixo)
(05/09 – 22h30 – Palco Principal)
Natural do estado de Sergipe, Zé da Velha foi influenciado musicalmente pelo pai, flautista e saxofonista amador. Aos 15 anos, já morando no Rio de Janeiro, começou a tocar trombone. Logo cedo, se enturmou com músicos de gafieira, sambistas e chorões da Velha Guarda (Pixinguinha, Donga, João da Baiana), quando surgiu o apelido que virou nome artístico. Já Silvério Pontes, nascido no interior do estado do Rio, é um trompetista brasileiro que se dedica exclusivamente à música brasileira e ao choro. Após se tornar músico profissional, foi convidado por Luiz Melodia para sua primeira turnê, em 1986. Daí por diante não parou: tocou por 12 anos na banda Vitória Régia, de Tim Maia, e com vários outros artistas nacionalmente conhecidos. A dupla Zé da Velha e Silvério Pontes, que já gravou cinco CDs, mantém parceria há quase 30 anos.
Academia do Choro
(06/09 – 15h – Coreto)
Criado em 2007, Academia do Choro é um dos principais grupos musicais do gênero na região Noroeste Fluminense. Além de tocar canções de grandes nomes do choro, entre eles Pixinguinha e Jacob do Bandolim, se destaca por incluir composições próprias no repertório. No Festival de Chorinho e Sanfona de Rosal, apresenta o show “Clube da Esquina em Choro”, em referência ao movimento mineiro que teve participação de grandes nomes da música brasileira, como Lô Borges e Milton Nascimento.
Tem Sanfona no Coreto
(06/09 – 16h – Coreto)
O show “Tem Sanfona no Coreto” reúne em um só espaço os sanfoneiros bonjesuenses Vinicius Fragoso, Rubinho do Acordeon, Beto Travassos, Eliseu D. Vale e Bino Leão da Sanfona, que possuem grande notoriedade local e regional. Mais cedo, às 14h, os artistas realizam uma sanfonada pelas ruas e praça do distrito.
Três Elementos do Choro
(06/09 – 18h – Coreto)
É com três elementos (violão de sete cordas, cavaquinho e pandeiro) que o grupo Três Elementos do Choro vem se destacando no cenário capixaba, desde 2011, difundindo o chorinho e o samba. Em sua trajetória, o grupo já acompanhou diversos artistas do cenário nacional, como Neguinho da Beija Flor, Joel Nascimento e Almir Guineto.
Marcelo Caldi
(06/09 – 20h30 – Palco Principal)
No show “Tem Sanfona no Choro”, Marcelo Caldi amplia as fronteiras da música ao revelar a influência da sanfona nordestina em um gênero tipicamente carioca, realçando os inusitados caminhos do instrumento de fole no Brasil e mostrando o lado genial de grandes instrumentistas como Luiz Gonzaga e Dominguinhos. O espetáculo valoriza o suingue dançante, ao mesmo tempo em que destaca o virtuosismo e interpretação singular de Caldi, reconhecidamente um dos mais importantes acordeonistas e compositores de sua geração.
É Choro Uai
(06/09 – 21h30 – Coreto)
Natural de Santos Dumont, em Minas Gerais, o grupo É Choro Uai se destaca pelo repertório clássico e instrumental impecável, encantando pela disciplina e delicadeza em cena. Com uma proposta diferente, mistura o chorinho tradicional com a música popular mineira, adicionando os elementos rítmicos congado, candombe, entre outros.
Renato Borghetti
(06/09 – 22h30 – Palco Principal)
Turnês europeias são frequentes para Renato Borguetti, fazendo com que seja considerado um dos artistas brasileiros de mais sólida carreira internacional. Além da agenda no exterior, o músico cumpre extensa programação em território nacional, levando a música instrumental gaúcha aos mais diversos cantos do Brasil. Em 2014, comemora 30 anos de carreira.
Da redação da Rádio Natividade
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