Odilon Couto do Pinto é produtor rural de olerícolas há mais de vinte anos. Há dez percebeu que o sistema convencional de plantio estava provocando muita erosão. Decidiu mudar. Parou de arar a terra, adotou o plantio direto, a rotação de culturas e diminuiu o uso de defensivos químicos. Venceu as dificuldades e testemunhou a mudança no solo. “Acabou a erosão. O solo está muito mais rico, mais fofo e isto aumentou a produtividade das lavouras”, afirmou o agricultor.
Morador da microbacia São Luís e Jararaca em Itaocara, Odilon trabalha em parceria com o irmão, Gessivaldo. Juntos têm uma área de 27 hectares para o cultivo das olerícolas. Com o apoio do Programa Rio Rural, cercaram três hectares para proteção da área de recarga e optaram por subprojetos que reforçam o manejo agroecológico da lavoura. O Rio Rural subsidiou a fertilização orgânica, a irrigação por microaspersor e a aquisição de mudas de qualidade de quiabo, cultura já praticada pelos produtores, e de graviola, novo investimento.
“Este programa é muito bom porque dá apoio e presta assistência ao pequeno produtor, mostrando novas possibilidades. Escolhemos ampliar o plantio com a graviola. Agora vamos trabalhar e aguardar a colheita”, diz Gessivaldo.
Os irmãos cultivam aipim, quiabo, maracujá, jiló, berinjela, milho, banana, entre outras culturas. Toda a produção é vendida no mercado do produtor da Ceasa-RJ em Ponto de Pergunta, distrito de Itaocara.
Em todos os cultivos, os agricultores utilizam o manejo agroecológico. Eles fazem o plantio em linha, utilizando um arado de aiveca, roçam o terreno e deixam a camada orgânica no solo. Aplicam urina de vaca, calda sulfocálcica e um extrato natural de plantas que combatem insetos e diminuem a incidência de pragas. O resultado é uma lavoura muito mais produtiva, com frutos bonitos e sadios e uso mínimo de defensivos químicos.
Com informações do G1.