Na semana em que o racismo foi tema de intenso debate no futebol brasileiro, após as ofensas sofridas pelo goleiro do Santos, Aranha, no jogo contra o Grêmio pela Copa do Brasil, o fim de semana reservou mais um episódio envolvendo um goleiro e acusação de injúria racial. Desta vez, na Série D do Campeonato Brasileiro. Em Tombos, Tombense e Operário-MT empatavam em 1 a 1 pela oitava rodada do Grupo A6 quando, aos 36 minutos do primeiro tempo, o árbitro Antônio Carvalho Schneider interrompeu a partida após desentendimento entre o goleiro Igor, da equipe visitante, e torcedores do time mineiro.
O goleiro, que alegou ter sofrido insultos, acabou chutando uma bola em direção à torcida e o jogo ficou paralisado por 13 minutos. A Polícia Militar teve que entrar em campo para acalmar os ânimos. Expulso, ele deixou o campo transtornado.
– Fui chamado de macaco no aquecimento. Bati um tiro de meta e me xingaram. Bati outro e me chamaram de Aranha – disse na saída de campo.
O camisa 1 da equipe mato-grossense disse ter se sentido encorajado pelo gesto do companheiro de profissão santista e reforçou que iria até as últimas consequências no caso.
Dois torcedores foram acompanhados por policiais até o 4º Pelotão da Polícia Militar, um deles foi reconhecido pelo goleiro como o autor das ofensas. O outro se apresentou como testemunha do torcedor acusado. O goleiro Igor registrou boletim de ocorrência.
Da redação da Rádio Natividade com informações do Globoesporte.com