Barbárie: Criança de três anos e padrasto são executados a tiros em Campos

Mais um crime bárbaro foi praticado no subdistrito de Guarus, em Campos dos Goytacazes, o que deve contribuir para aumentar ainda mais a preocupação da Polícia Militar com o aumento da violência na área. Segundo a PM, um homem de 25 anos e uma menina de apenas 3 anos de idade, que seriam padrasto e enteada, foram brutalmente assassinados a tiros, na noite desta terça. O crime aconteceu no conjunto de casas populares da Comunidade do Sapo II, no Parque Eldorado. Durante a noite, foi realizado um cerco em todo o bairro e também nas áreas adjacentes, mas, até o final desta edição, ninguém havia sido preso. Com mais esses crimes, sobe para 13 o número de homicídios neste ano em Campos, sendo o 193º de 2014 — destes, 115 foram registrados somente em Guarus. No último dia 13, uma mãe e dois filhos foram mortos e um homem ficou ferido numa chacina praticada por bandidos no bairro Jardim Carioca, também em Guarus.

Policiais Militares relataram que, por volta das 20h, suspeitos teriam invadido uma residência localizada na rua 26, à procura do morador, efetuando vários tiros contra ele, que morreu no local. Durante a ação, uma bala teria atingido o peito da menina de 3 anos, que seria sua enteada e que havia presenciado toda a cena. Desesperada, a mãe da criança tentou salvar a filha, socorrendo-a e levando para o pronto-socorro do Hospital Ferreira Machado (HFM), mas a menor faleceu ao dar entrada na unidade de saúde. A reportagem da Folha tentou novo contato com a PM para saber se já havia algum suspeito, mas foi informada de que ainda não se sabia a identidade do autor dos disparos e que a ocorrência ainda não tinha terminado. O caso foi registrado na 146ª DP (Guarus).

Segundo o comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Marcelo Freimam de Souza Ramos, o policiamento na área de Guarus já havia sido reforçado, e no momento, a importância seria prender os suspeitos desse crime e retirar de circulação pessoas que praticam crimes contra a vida.

— Esse tipo de crime é inevitável prever. Os agentes estarão realizando incansáveis ações e operações para localizar esses bandidos. Espero também poder contar com a população para denunciar qualquer tipo de crime (2723-1177) e, assim, nos ajudar a combater a violência — declarou o comandante.

Com informações da Folha da Manhã – Fotos: Filipe Campos/Campos 24h.

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Bispo Emérito de Campos, Dom João Corso é velado na Catedral Diocesana

Uma missa de corpo presente foi realizada na manhã desta quinta-feira (16/10), às 7h, em homenagem ao Bispo Emérito de Campos Dom João Corso, morto na manhã da última quarta-feira (15/10). A missa foi celebrada pelo Padre Fabiano Goulart na Catedral de Campos e durante o dia mais duas missas serão realizadas, uma às 12h e outra às 15h.

O corpo do religioso chegou a Campos durante a madrugada, por volta das 2h30, e será enterrado às 16h na Basílica Menor da Catedral, local reservado à eclesiásticos. Dom João Corso será o terceiro religioso a ser sepultado na Basílica Menor, no local já estão enterrados os corpo de Dom Octaviano de Albuquerque e do Monsenhor João de Barros Uchôa, fundador da Catedral de Campos.

Dom João Corso era natural de Cajobi, em São Paulo, e concluiu doutorado em Direito Canônico pela Universidade pontifícia Salesiana de Roma, em 1957, com diploma em sociologia pastoral (Roma), em regência e canto gregoriano (Rio de Janeiro) além de outras especializações pastorais.

Ele foi nomeado bispo de Campos pelo, então, papa João Paulo II, no dia 12 de outubro de 1990, Corso foi empossado no dia 08 de dezembro do mesmo ano, na festa da Imaculada Conceição de Maria presidida por Dom Carlos Alberto Navarro, seu antecessor, já arcebispo de Niterói, se tornando o quinto Bispo de Campos.

Por motivos de saúde, o religioso pediu exoneração e desde 22 de novembro de 1995, passou a responder como administrador apostólico, tarefa desempenhada até a sua ordenação e posse de Dom Roberto Gomes Guimarães seu sucessor. Dom João Corso foi presidente do Tribunal Eclesiático Regional do Rio de Janeiro.

Bispo Diocesano de Campos, Dom Roberto Ferrería Paz, falou nesta quarta-feira sobre Dom João Corso.

“Ele deixa um legado muito grande. Foram muitas ações positivas em Campos, sobretudo por ter criado um clima de paz, que possibilitou a aproximação com os tradicionalistas”, disse.

Dom Roberto Ferrería destaca que Dom João Corso deu uma dimensão mais dinâmica a Diocese de Campos.“Ele foi o responsável pela criação de seis paróquias, criou o seminário em Varre Sai e reformou a residência da Diocese. Deixou uma marca salesiana muito importante. Temos todo um complexo educativo salesiano por conta de suas ações”, destacou.

“Dom João morou muito tempo em Roma e teve dificuldade em se adaptar em nosso clima, que é tropical. Estava acostumado com o clima europeu. Por isso, à época, gostava de morar em Varre Sai, por ser uma cidade montanhosa. Nos últimos anos, vivia na casa dos padres idosos, em São Paulo, uma casa salesiana, pois ele era salesiano”, finalizou.

Com informações do Ururau e Campos 24 Horas – Foto: Reprodução/Ururau

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