Hospital de Cambucí fecha as portas e deixa população sem atendimento

A situação está crítica, pois o Hospital Filantrópico Moacir Gomes, que atendia uma média de 150 pacientes por dia, fechou as portas definitivamente na noite de ontem (01).

Quem sofre com essa situação, é a população que precisa procurar atendimento médico em hospitais de cidades vizinhas, como São Fidélis e Itaocara.

Os funcionárias ficaram de plantão em frente à unidade que está de portas fechadas, e indignados relataram que as pessoas que estavam de plantão na noite anterior foram ao fórum da cidade, protestar pelo fechamento que aconteceu na manhã desta quarta-feira (02), e ainda comentaram sobre a morte de um paciente identificado como José Merenda, que após ser transferido para o hospital de Itaocara na segunda-feira (30), acabou falecendo , e também da morte de um bebê de seis meses que morreu no próprio hospital de Cambuci.

Segundo Mario Luiz, que faz parte da Associação do Hospital, o fechamento foi determinado através de uma Assembleia feita pela associação, por não terem conseguido um acordo com a prefeitura, sendo feito inclusive uma última reunião com o prefeito na tentativa de uma nova negociação.

O reflexo dessa situação caótica, foi comprovado quando Cassia Pessanha, de 26 anos, chegou ao hospital com sua filha, de 3 anos de idade. Desesperada em busca de um atendimento pela criança que estava com fortes dores no estômago e vômitos, Cassia se deparou com a unidade fechada e tendo que retornar para casa sem atendimento.  “É um absurdo isso acontecer. Vou ter que levar meu filho para Itaocara. É inacreditável”. Cassia foi em direção ao terminal rodoviário pegar um ônibus para ir a Itaocara tentar atendimento.

De acordo com Elisete Mota, funcionária do Hospital há 24 anos como auxiliar de farmácia, tudo começou quando uma funcionária da portaria recebeu uma ligação da diretora do Hospital, que determinou o fechasse o hospital em imediato, e que todos os funcionários deveriam se retirar e a chave da unidade fosse entregue ao dono de um estabelecimento em frente.

“Nós funcionários só temos uma ATA da direção do hospital. Não nos apresentaram nada oficial, e já faz um tempo que não recebemos pacientes por falta de recursos, mas por vezes alguns continuavam vindo para a unidade.  Por isso conseguimos uma parceria com os hospitais da região, só que infelizmente têm acontecido muitas mortes e estamos nessa luta desde novembro do ano passado”, relatou a funcionária.

O secretário de Saúde Agnaldo Peres Melo disse que seu filho, o prefeito, está no Rio de Janeiro tentando reaver a situação e que está preparando o único posto de Saúde da cidade para atender os pacientes da cidade. Além disso, o secretário disse que ambulâncias serão disponibilizadas para fazer transferências de pacientes para hospitais mais próximos, como Itaocara, São Fidélis e Santo Antônio de Pádua.

A responsável pela unidade que não quis se identificar, afirmou que o secretário está tentando organizar o local para que consigam fazer os atendimentos, e que já possui um médico disponível na unidade. A situação já se arrasta desde setembro do ano passado quando a prefeitura teria deixado de repassar os recursos do convênio firmado com o hospital.

Da redação da Rádio Natividade com informações do São Fidélis Notícias – Fotos: Vinícius Cremonez

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Disque Denúncia Noroeste poderá encerrar as atividades por falta de apoio

Uma das principais ferramentas de combate ao crime no Noroeste Fluminense poderá simplesmente encerrar suas atividade. Sem apoio das prefeituras da região, o Disque Denúncia Noroeste (que não é governamental), deverá fechar as portas já neste mês de junho. O órgão inclusive, já teria concedido aviso prévio de 30 dias aos seus funcionários, que durante 24 horas por dia, atendem denúncias através do telefone 3822-1177.

De acordo com a Organização Não Governamental (ONG) que gerencia o serviço, a única prefeitura que contribui é a de Itaperuna, com o valor de R$ 3.000 mensais, quantia insuficiente para manter a estrutura.

Da redação da Rádio Natividade