Dois homens foram presos no início da tarde desta quarta-feira (13), acusados de tráfico de drogas em Itaperuna. De acordo com informações do 29º BPM, agentes do Grupamento de Ações Táticas (GAT), se deslocaram até a Rua Ourânia, bairro Jardim Surubi, onde após monitorarem e abordarem os suspeitos, realizaram buscas no interior do imóvel onde moram e encontraram cerca de cinco quilos de maconha, 500 gramas de cocaína, além 104 munições de calibres variados, material para endolação, balança de precisão e R$ 316,00 em dinheiro, material que estava escondido dentro de uma mochila embaixo de um guarda-roupas.
Diante dos fatos, João Antônio Ribeiro, de 56 anos e seu filho, João Antônio Ribeiro Dutra, de 27, foram conduzidos até a 143ª Delegacia Legal, autuados em flagrante e recolhidos à Casa de Custódia no final da tarde.
Da redação da Rádio Natividade
Momento em que pai e filho eram apresentados na delegacia – Fotos: RF Itaperuna
Um homem que era procurado por suspeitas de envolvimento com roubo e corrupção de menores, mas que estava foragido da justiça, foi preso no final da noite desta terça-feira (12), por policiais militares da 3ª Companhia do 36º BPM, na Rua Maria Tereza Sodré Linhares, bairro Vila Nova, Miracema.
Os agentes realizavam patrulhamento de rotina, quando avistaram Eduardo Dos Santos Ribeiro, de 37 anos, contra quem havia um mandado de prisão em aberto, expedido pela justiça local. Após ser apresentado ao plantão da 137ª Delegacia, o acusado pernoitou na unidade, sendo transferido para a Casa de custódia de Itaperuna na manhã desta quarta-feira (13).
O prefeito de Itaperuna, Alfredo Paulo Marques Rodrigues, foi multado em R$ 6.779,75 (2.500 Ufir-RJ) por não ter prestado informações sobre a Tomada de Contas (investigação interna) instaurada, em 2011, para apurar os gastos feitos com a verba de R$ 716.254,80 do convênio firmado, em 2003, entre a prefeitura e a Fundação Educacional, Cultural, Assistencial e Pré-Profissionalizante (FECAPP). A decisão foi tomada na sessão plenária desta terça-feira (12/05) do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), seguindo o voto do relator, conselheiro José Graciosa.
O objetivo da subvenção concedida pela prefeitura foi a realização do Programa de Agentes Comunitários de Saúde. Diante dos indícios de danos ao erário, o TCE-RJ determinou a investigação interna para averiguar a sua suposta ocorrência. A multa terá que ser paga pelo prefeito no prazo de 15 dias, a partir da data em que receber a notificação do Tribunal.
Um desentendimento familiar foi parar na delegacia, após tio e sobrinho se agredirem mutuamente após uma partida de futebol, que deveria ser amistosa, na comunidade de Purilândia, distrito de Porciúncula.
Policiais militares do DPO local teriam sido acionados por populares, depois que o desempregado V.C.S., de 25 anos e o sobrinho, o estudante B.O.S., de 17, teriam entrado em conflito. Ambos participavam do jogo no estádio local. Na briga, ambos ficaram com lesões pelo corpo, sendo atendidos no pronto socorro de Porciúncula, sendo posteriormente conduzidos até a 139ª Delegacia Legal, onde prestaram depoimento.
Um pequeno tablete de maconha, com pouca mais de sete gramas, foi apreendido no final da noite desta terça-feira (12), por policiais militares lotados na 1ª Companhia do 36º BPM, na Rua Nilo Peçanha, Bairro Pereira, Santo Antônio de Pádua.
Agentes se deslocaram até o endereço para conferir denúncia anônima de tráfico de drogas, encontrado o entorpecente abandonado no muro de um terreno baldio. O material arrecadado foi apresentado na 136ª DP, que efetuou o registro, não sendo possível identificar suspeitos.
A juíza da 34ª Zona Eleitoral, Cristina Sodré Chaves, cassou o registro de candidatura do ex-presidente da Câmara Municipal e suplente de vereador de Santo Antônio de Pádua, Adenilson Ferreira, o Cassiano de Marangatu (PPS), por compra de votos na eleição municipal de 2012. Proferida em 05 de maio, a sentença também condena o político a ficar inelegível por oito anos e pagar multa de R$ 25 mil. Ele ainda pode recorrer ao Plenário do TRE-RJ, na Capital.
Acionada por denúncias, a fiscalização do TRE-RJ flagrou, em 17 de setembro de 2012, uma mulher no Hospital Municipal Hélio Montezano que agia de forma a garantir benefícios em troca de votos para Adenílson Ferreira, para quem trabalhava há nove anos. Ela fazia transporte gratuito e intermediava exames, cirurgias, consultas e medicamentos. “Não há a menor dúvida de que ela prestava serviços para o representado com o objetivo de oferecer vantagens para eleitores”, redigiu a juíza.
Há exatos dois anos, no dia 13 de maio de 2013, Natividade lamentava a morte de um de seus maiores líderes políticos da atualidade. Morria ás 21:50h, na UTI do Hospital São José do Avaí, em Itaperuna, o ex-prefeito Luiz Carlos Machado, ou simplesmente, Agudo, como o próprio gostava de ser chamado. O político, que comandou a cidade por dois mandatos, de 2000 a 2008, foi velado na quadra do Colégio Municipal Alvorada e sepultado no dia seguinte, diante de centenas de admiradores, no cemitério da cidade.
A HISTÓRIA
*Texto do jornalista Vanderson Garcia publicado no dia de seu falecimento
O ex-prefeito de Natividade Luiz Carlos “Agudo”, nasceu Luiz Carlos Machado, em 21 de dezembro de 1955, no município de Ibitirama, Sul do Espírito Santo. Mas a pequena cidade capixaba, não conseguiu testemunhar o crescimento daquela criança. Em busca de melhores condições de vida, a família humilde da qual fazia parte, migrou logo após seu nascimento para Natividade, Noroeste do Estado Rio de Janeiro, região que décadas depois acompanharia seu o desenvolvimento político.
Desde cedo, bem relacionado, o pequeno Agudo, liderava grupos de jovens e times de futebol de sua idade. Foi sacristão e chegou a fazer parte de uma organização religiosa de extrema direita, a TFP (Tradição, Família, Propriedade). Filho de um alfaiate e uma dona-de-casa, ele viu e sentiu na pele, as dificuldades pelas quais passava boa parte da população à época.
Ainda adolescente, sentiu a necessidade de assumir suas responsabilidades e conseguiu um emprego de auxiliar no cartório da cidade, onde anos mais tarde, através de um concurso, se tornou funcionário efetivo. Já escriturário do Tribunal de Justiça do Rio, se casou e da união, nasceram três filhos: Indiara, Tiago e Isabela.
Trabalhou em cidades como Araruama e Niterói, onde segundo o próprio, adquiriu experiência profissional. Mas a cidade, a pequena Natividade, que o recebeu de braços abertos ainda na infância, parecia ser mesmo seu destino. Por sorte, ou melhor, Providência Divina, uma vaga foi aberta para o cargo de auxiliar de juiz na comarca de Natividade. Ufa! Era a oportunidade de voltar para casa.
Mas as coisas não começaram de maneira fácil para aquele jovem sonhador. Com mais três irmãos, ficou órfão de pai e se tornou de vez, arrimo da família.
Desembaraçado e com seu espírito nato de liderança, começou a comandar grupos beneficentes. Foi presidente da Apae e um dos fundadores dos “Amigos de Natividade”, dentre outros. O trabalho voluntário, de forma natural, foi lhe abrindo portas e consolidando seu nome como cidadão benfeitor da cidade.
Mas a política partidária, só viria cruzar o seu caminho, efetivamente, bem mais tarde, em 1999. Sentindo que a cidade amargava uma crise e incentivado por alguns amigos, resolveu se filiar a um partido, o inexpressivo PMN, hoje já extinto. Da assinatura da ficha até a candidatura, foi um pulo. Determinado a mudar a história política de Natividade, enfrentou dois fortes opositores: O então prefeito Márcio Assis Ribeiro, candidato à reeleição, e o ex-prefeito Murillo Alves Ribeiro, este último já falecido.
Rotulado por alguns como “louco” e sem a mínima chance de vitória, conseguiu bater os dois opositores, vencendo o pleito de 2000 por apenas 83 votos de diferença. Era a oportunidade que Agudo tanto sonhava.
Com o apoio do então Governador Antony Garotinho, de quem se tornou amigo, e o Ministro do Trabalho Francisco Dornelles, começou a reverter o quadro desesperador que havia se instalado no município. Natividade aos poucos voltava a sorrir.
No entanto, quatro anos, não foram suficientes para implantar as metas que ele tanto sonhava. Muito havia sido feito, mas para Agudo, era preciso mais. Chamado por muitos de azarão na época de sua eleição, o prefeito se tornou uma liderança inconteste no Noroeste Fluminense, chegando a encabeçar vários movimentos em defesa da região. Veio a reeleição e o povo reconheceu seu bom trabalho. Desta feita, já pelo PMDB, os minguados 83 votos de antes, se multiplicaram e a diferença, entre o primeiro e segundo colocados saltou para 1986.
Os oito anos se passaram, o mandato terminou e o político retornou à sua sala no Poder Judiciário, onde permaneceu até a aposentadoria merecida. Mesmo sem cargo público, continuou observando, analisando e fazendo política. Até seus últimos dias. Perguntado sobre sua principal obra à frente da prefeitura, não pensava duas vezes: o resgate da autoestima do cidadão, o orgulho de se dizer que é natividadense.
A ingratidão e a injustiça, foram por certo, as principais frustrações no curso de sua vida pública. Mas ainda assim, apesar de todas as feridas, o guerreiro continuava firme, afinal de contas, “esta é a minha missão”, disse certa vez. Descanse em Paz Guerreiro! Natividade vai sentir saudades!